segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Atividades para a Educação Infantil

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA

• Explorar os objetos com mãos, pés, corpo, descobrindo sua textura e consistência
• Fazer uso de esquemas motores secundários: bater, puxar, sacudir, empurrar e levantar objetos de diferentes texturas e consistências
• Explorar os objetos, fazendo movimentos circulares com as mãos para reconhecer o formato e adquirir a noção do todo, associada à indicação visual
• Achar orifícios, detalhes, diferenças nos objetos, através da exploração visual ou tátil
• Oferecer objetos significativos como: talco, desodorante, xampu, embalagens, para reconhecimento e descoberta de uso e função
• Procurar objetos que caíram do lado, embaixo, na frente, atrás do corpo
• Propiciar experiências táteis e auditivas com objetos que façam o aluno sentir-se produtor do som ou do movimento: molas, canudos, bexigas
• Encaixar copos, latas, tampas, empilhar objetos de formatos e tamanhos diferentes, construir formas com esses objetos
• Oferecer objetos para reconhecimento e indicação do seu uso e função: telefone, escova, pente, sapato, carro, boneca, etc.
• Imitar ações e expressões
• Ajudar a descobrir as diferentes maneiras de usar os objetos. Por exemplo: colher serve para comer, sacola serve para colocar compras, brinquedos e roupas
• Explorar simultaneamente a forma, o tamanho e os detalhes dos objetos
• Vivenciar relações espaciais com o corpo e com objetos: entrar e sair de caixa, pneus, tubos
• Puxar, arrastar, empurrar objetos de tamanhos e peso diferentes
• Subir em caixas, cadeiras, mesa, banco, escadas, descobrindo as diferenças de altura, largura, profundidade
• Realizar movimentos atendendo ordens simples: abaixar, subir, pular
• Passar por dentro de arcos, de tubos, de cima para baixo, de baixo para cima, nomeando as posições
• Orientar-se em relação aos colegas: colocar-se à frente do colega na fila, às costas, ao lado
• Deslocar-se em direção ao som, em linha reta, fazendo o trajeto de ir e vir
• Posicionar-se em relação aos colegas, descobrindo pela voz, quem está perto e longe
• Descobrir objetos escondidos em diferentes posições, marcando com som quando está longe ou perto (está frio... está quente .... está esfriando.... está esquentando
• Orientar-se em relação a um objeto: colocar-se ao lado, dentro, fora, em cima
• Localizar e guardar objetos e brinquedos em armário
• Andar sobre cordas em linha reta: cordão de comprimentos diferentes
• Estabelecer sempre os mesmos horários e locais para a rotina desenvolvida, para que a criança possa antecipar, organizar-se e construir o mapa mental
• Vivenciar sequência de ações enfatizando o começo, o meio e o fim
• Andar em passos lentos/ rápidos com marcação rítmica do som
• Caminhar de acordo com duração de apito: curto/longo. Variar com tambor e chocalhos
• Descrever oralmente acontecimentos passados e futuros
• Realizar experiências enfatizando o antes e o depois
• Organizar caixas com sequência de atividades utilizando objetos que representam a ação que vai ser realizada, vivenciando o “agora, antes e depois”
• Familiarização da escola com sondagem do ambiente para identificar “pontos de referências e pistas”
• Utilizar brinquedos como pré-bengala (carrinho de boneca, cavalo de pau, raquete de tênis, etc) para localizar obstáculos
• Localizar janelas, portas e mobiliários da sala
• Caminhar entre os móveis e brinquedos em diferentes direções
• Caminhar no pátio, entre cordas paralelas, colocadas à altura da criança
• Caminhar entre obstáculos (construir caminhos, labirintos, com bloco de madeira, sacos de areia, etc)
• Informar ao aluno se as pessoas, os animais e os carros se aproximam ou se afastam do local comentando o que fazem
• Aproximar-se e afastar-se do aluno falando para que ele perceba se o professor ou colegas estão perto ou longe
• Sentir o calor do sol e os pingos da chuva
• Imitar movimentos e posições do corpo: caminhar, parar, abaixar, levantar, ajoelhar, engatinhar, flexionar braços, mãos e dedos
• Reconhecer objetos por semelhanças e diferenças, fazer pareação
• Separar massas, moedas, pedrinhas, descobrindo atributos semelhantes ou diferentes dos objetos
• Descrever as semelhanças entre os atributos
• Iniciar pequenas “coleções” com todas as crianças criando oportunidades de contagem
• Organizar “sacos surpresas” com objetos variados para que a criança verbalize os atributos desses objetos
• Fazer construções com objetos, sucatas grandes e pequenos
• Vestir e retirar roupas de bonecos de tamanhos diferentes
• Brincar com jogos simbólicos onde a criança vivencie várias situações do cotidiano mudando os papéis (feirinha, supermercado, escola, cabelereira, etc...)
• Preparar a mesa para o lanche, distribuindo os utensílios
• Preparar jogos como: memória com objetos e figuras (diferentes texturas)
• Realizar atividades que permitam à criança nomear objetos, pessoas, animais, plantas, etc...
• Participar de adivinhações simples ( o que é, o que é, através de pistas ou jogos orais)
• Criar histórias a partir de objetos concretos e fatos vividos e ajudar a criança a reproduzi-las
• Cantar músicas que descrevam ações e contenham gestos
• Planejar a rotina diária em conjunto, dando ênfase no que será feito ANTES e DEPOIS
• Fazer massinha de modelar
• Usando as mãos: passar manteiga no pão, torradas, descascar algumas frutas
• Descascar frutas e legumes e identificá-los através de atributos, semelhanças de tamanhos, cores, etc
• Identificar os diferentes tipos de alimentos durante a refeição
• Usar o guardanapo
• Identificar o direito e o avesso das roupas
• Lavar o rosto e pentear os cabelos
• Uso adequado do sanitário
• Aprender a assoar o nariz
• Brincar de tomar banho, ensaboar-se identificando as partes do corpo
• Abotoar e desabotoar botões, colchetes, primeiro em situações lúdicas como despir e vestir bonecos
• Brincadeiras de roda, jogos de tradições orais tais como: cantigas, parlendas, rimas, etc
• Brincadeiras de execução de ordens simples do tipo: O chefinho mandou colocar as mãos no pescoço, cotovelo, joelho, tornozelo, etc...
• Brincar de esconde-esconde onde a criança escondida será identificada por algumas pistas orais
• Jogos com rimas
• Elaborar brinquedos sonoros com sucatas, grãos, sementes

E na minha opinião:
- O professor pode indicar algumas destas sugestões para a família (uma forma de participação)
- Utilizar estas sugestões com as outras crianças (videntes), será gratificante para todos
- O professor pode pedir que as crianças auxiliem o deficiente visual em algumas atividades

A maioria dessas atividades foram extraídas do livro “O desenvolvimento Integral do portador de deficiência visual da Intervenção precoce a integração escolar" – Marilda Moraes Garcia Bruno

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A afetividade no processo escolar

Ao se refletir sobre o papel da afetividade na aprendizagem escolar, verifica-se que são muitos os fatores ligados a relação professor-aluno. O professor tem uma função muito importante e de grande responsabilidade dentro da escola, pois sua interação com o educando se reflete no desenvolvimento cognitivo. A aprendizagem se torna mais significativa quando o professor se relaciona com os alunos de modo afetivo. O educador precisa ser uma pessoa flexivel que compreenda as necessidades dos alunos.
É preciso que o educador proporcione um clima agradável para o processo ensino-aprendizagem estimulando seus educandos a pensarem, criarem e se relacionarem de forma harmoniosa e tranquila e transformando o espaço escolar em algo atraente e interessante, dando-lhe a capacidade de ampliar a construção de seu conhecimento.
O afeto faz parte do processo de aprender e do desenvolvimento humano; por isso, não há aprendizagem sem afetividade.
O educando que tem dificuldades de se concentrar, de se relacionar com outros, que não acredita em seus sentimentos e tem baixa auto-estima, consequentemente apresentará dificuldade na aprendizagem, logo se fechará num mundo só seu, por medo de expor o que está sentindo, por medo de errar.
É necessário apoiar a auto-estima dos educandos de modo que, se fracassarem no desempenho de alguma atividade, não se sintam completamente derrotados. O sucesso é muito importante, particularmente no início da aprendizagem.
Contudo, quando o educando chega a escola prejudicado emocionalmente, cabe ao educador criar um ambiente acolhedor e seguro, oportunizando a ele o relacionamento com outros e incentivando a agir com autonomia, demonstrar seus interesses e expressar seus sentimentos.
É preciso que o professor confie e acredite na capacidade do aluno. Elogios, incentivos e limites, quando transmitidos de forma sincera e afetiva, levam o educando a valorizar sua auto-estima, desenvolver sua autonomia e ter progresso na leitura e escrita.

Professor Moran/ECA/USP

http://www.eca.usp.br/prof/moran/afetividade.htm

Como descobrir casos de dislexia

A dislexia é um transtorno de leitura. A criança disléxica é um mau leitor, é capaz de ler, mas não é capaz d entender eficientemente o que lê.
A criança disléxica é inteligente, habilidosa em tarefas manuais, mas persiste um quadro de dificuldade de leitura por toda a vida.
Muitas vezes, a dificuldade no ensino na matemática de um disléxico está mais relacionada à compreensão do enunciado do que ao processo operatório.
Quando um professor se deparar com crianças inteligentes, saudáveis, mas com dificuldade de ler e entender o que lê, deve-se imediatamente investigar se há existência de casos de dislexia na família. Os indícios são sempre os mesmos: atrasos na aquisição da linguagem, atrasos na locomoção e problemas na dominância de conceitos de lateralidade.
Os disléxicos apresentam uma caligrafia muito defeituosa e demonstram confusões entre as letras com diferenças sutis, como a-o, h-n; confusões com letras de grafia similar como b-d, d-p, n-u ; confundem letras de sons parecidos como d-t, c-q costumam inverter sílabas como escrever "los" no lugar de "sol ou ainda omitir ou acrescentar letras à escrita de alguma palavra.
As frustrações acumuladas de uma criança disléxica pode conduzí-la a ter comportamentos anti-sociais.